6.2.10

Tartarugas marinhas são resgatadas de uma rede de espera


Na manhã de quarta-feira, dia 16 de dezembro, quatro tartarugas marinhas da espécie “tartaruga-verde” (Chelonia mydas) foram retiradas, pelos voluntários da ONG PAT ECOSMAR, de uma rede de pesca na frente da praia da Arakakai, em Santa Cruz Cabrália.
O PAT tinha recebido ligações do IBAMA, da Secretaria de Meio Ambiente de Santa Cruz Cabrália e de vários populares sobre a presença de tartarugas ainda vivas numa rede de espera não muito distante da praia.
Uma delas já tinha morrido por afogamento:das três tartarugas vivas, duas foram soltas na hora e a terceira, que estava desmaiada, recebeu uma massagem para expelir a água. Levada para a base do PAT em Porto Seguroa tartaruga se recuperou e foi solta algumas horas mais tarde.
Todo mundo sabe, inclusive quem coloca essas redes, que a praia do Arakakai é área de alimentação de tartarugas marinhas. Ao longo desses anos o PAT ECOSMAR já resgatou vários animais vitimas de captura (acidental e não acidental) em redes de pesca colocadas no mesmo lugar. E a mesma coisa acontece nas praias da orla norte de Cabrália, na Coroa Vermelha, na Ponta Grande, nas praias do Apagafogo e da Pitinga, no Taipe, na foz do Rio dos Frades…
 As redes colocadas por pescadores, artesanais e não, são a principal causa de morte de tartarugas marinhas e de golfinhos no mundo.
A falta de consciência ambiental de quem coloca uma rede de espera no meio de uma área de alimentação de tartarugas marinhas junto a falta de fiscalização dos órgãos prepostos e a total falta de apoio e patrocínios ás Ongs que atuam na área costeira (que são formadas por voluntários) agravam ainda mais a situação no Extremo sul da Bahia.  
A maioria dos quelônios marinhos que aparecem nas águas costeiras da nossa região, são da espécie tartaruga-verde (Chelonia mydas). Trata-se de espécie ameaçada de extinção, conforme listas nacionais (IBAMA) e internacionais (UICN).